Lean Agile – E sua importância no cenário corporativo
Não é nenhuma novidade que as corporações buscam encontrar maneiras de alavancar seus resultados de forma cada vez mais rápida, e ainda entregar seus serviços e produtos com qualidade e sem onerar seus custos, para isso precisam promover uma cultura organizacional que permita agregar valor dentro dos seus processos para seus clientes e funcionários. O sucesso de uma organização dentro do mercado global está ligado à sua capacidade de reagir de forma ágil as mudanças no cenário em que está inserida, as inovações, avanços tecnológicos e as necessidades de seus stakeholders, para isso as metodologias Lean e Agile torna-se um divisor de águas para alcançar esses objetivos.
O nascimento do Lean
O nascimento do Lean surgiu na necessidade do melhor aproveitamento dos recursos, o fazer mais com menos, como um maneira de sobrevivência e de reagir a situação do cenários na crise que se instalou após a segunda guerra mundial. Segundo Ohno (1997), com as mudanças dos padrões de consumo da sociedade, considerando a economia e o poder aquisitivo, ninguém imaginaria que a produção automobilística japonesa pudesse atingir o sucesso experimentado hoje.
“O pensamento lean (enxuto) é muito mais que apenas um sistema de gerir uma empresa ou um processo, é uma forma de pensar sobre todas as coisas que fazemos em nosso dia a dia. E isso inclui não apenas atividades profissionais – em uma fábrica, em um hospital, em uma montadora, em um centro de distribuição ou qualquer outro local de trabalho” (A. Cardoso, 2017, p. 9).
Como surgiu o universo ágil e o Scrum
A origem do universo ágil, assim como a origem do Lean, surgiu de uma necessidade do mundo corporativo, na década de 90 devido a uma alta
competitividade entre as organizações e os avanços tecnológicos, baseando-se nos métodos do Lean, originou-se os métodos ágeis para suprir as necessidades da indústria de TI onde o modelo tradicional de gestão de projetos já não atendia as expectativas.
O conceito de agilidade emergiu das ideias do agile manufacturing, a partir o entendimento de que a vantagem competitiva é marcada pela ideia-chave de resposta rápida às solicitações do mercado (JAGDEV e BROWNE, 1998).
De acordo com J. Sutherland, o criador do Scrum, o framework ágil questiona por que se gasta tanto tempo e esforço para que certa coisa seja feita, e então por que temos deficiência para perceber o quanto de tempo e esforço algo vai exigir. Em resumo, o Scrum busca tirar proveito sobre a forma como as equipes de fato trabalham, fornecendo as ferramentas que permitam a elas se auto-organizar, e aprimorar rapidamente a velocidade e a qualidade de seu trabalho.
A essência do movimento ágil pode ser expressa em dois objetivos: entregar inovações em produtos aos clientes e criar um ambiente de trabalho
onde as pessoas sintam-se ansiosas para trabalhar todos os dias (HIGHSMITH, 2004).
A combinação entre o Lean e o Agile
Ao mudar a maneira como trabalhamos, mudamos a maneira como interagimos, o que por sua vez, muda nossa cultura. Assim, as organizações de TI também demonstraram o efeito transformador que os princípios Lean e Agile podem ter na cultura de uma organização.
Os princípios Lean e Agile promovem o foco no trabalho e nos processos pelos quais o trabalho flui, porém não nas pessoas responsáveis pelo trabalho.
Essa abordagem, conhecida como desenvolvimento Lean-Agile (enxuto e ágil) em TI, permite que as equipes se previnam de problemas de trabalho envolvendo acusações e procurando culpados, permitindo melhor colaboração, mais criatividade com entrega mais rápida e de maior valor.
Referência:
A. CARDOSO, Alexandre. Uma vida sem desperdício: aplicando o pensamento lean (enxuto) no seu dia a dia. Valinhos, SP, Brasil: Publicação Independente, 2017. 54 p. ISBN 978-85-922-7040-7.
SUTHERLAND, Jeff. Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo. Leya, 2016.
OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Tradução de Cristina Schumacher. Revisão técnica de Paulo C. D. Motta. Porto Alegre: Bookman, 1997.
JAGDEV, H. S.; BROWNE, J. The extended enterprise: a context for manufacturing. Production Planning & Control, v. 9, p. 216-229, 1998. DOI: 10.1080/095372898234190
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